Crítica do Filme Selma – Martin Luther King

Selma um filme que conta não é exatamente a história de Martin Luther King, mas um período dele que é um evento até que às vezes como fora da mídia, que é a marcha de Selma, muito importante ali nos anos 60 em prol dos direitos dos negros. Principalmente do voto, que era uma coisa meio sabotada na época.

O fizeram um filme extremamente elegante. Em sua direção e sua atuação na protagonista. Ele tem uma uma atuação bem contida nela é diferente dos outros atores que estavam concorrendo ao Oscar esse ano. Houve uma atuação bem contida do Martin Luther King.

Conta a história do personagem que, realmente, fazia tempo acho que não me lembro de ter visto um filme com ele com o protagonista. Chega até ser surpreendente. Apesar de tudo isso às vezes o filme se acomoda naquela naquela mecânica de bibliografia e entra naquela na cronologia dos fatos, deixando de renovar um pouco. Apesar de que, de vez enquando traz algumas inovações. Por exemplo, aquele recurso que o recurso mais preguiçoso que tem de colocar uma legenda com o nome do local e a data pra você se localizar, é o recurso mais precioso que tem. Mas nesse clima, ao menos, eles colocam isso como se fosse um arquivo da CIA como dando aquele ar de que é tão sempre investigando Martin Luther King.

É um recurso precioso? É, mas deu uma inovada aqui outra ali. E outro pecado é que a direção, é que o filme apesar de ser elegante contido, em alguns momentos, ele exagera no drama, numa cena que seria naturalmente dramática.

Coloca em câmera lenta, música triste pra você ter certeza que a essa hora é para você ficar triste. Essa forçação, às vezes um pouco, mostra que o objetivo do filme é mais político tá certo mais trazer o tema do racismo para o debate do que propriamente a estética em si.

De vez em quando ele abandona esse objetivo da estética em si, do discurso contra o racismo. Um discurso extremamente válido e extremamente importante também. Mas que acaba depreciando um pouco nos aspectos técnicos.


Selma March, Martin Luther King, Jr., e sua esposa, Coretta Scott King (de terno claro), liderando a marcha dos direitos de voto de Selma a Montgomery com Gritos e Musicas Evangelicas de Raizes Africana, Alabama, em março de 1965

É, por isso, que é um filme muito importante ser visto por toda essa questão política. Porém é praticamente uma aula de história prazerosa de se assistir. Então morno em alguns momentos e lembra muito alguma coisa entre Lincom (pela pegada do Lincom, com uma pegada mais calma e foco no período específico na vida de um de uma personalidade) e com  filme de 12 anos de escravidão. Por tudo isso, ele tem nota 9, merecidíssimo.